sábado, 6 de outubro de 2012

Hérnia de Disco

O que é?

As vértebras estão separadas por discos cartilaginosos e cada disco é formado por um anel fibroso externo e uma parte interna mole (núcleo pulposo) que atua como amortecedor durante o movimento das vértebras. Se um disco degenerar (por exemplo, por causa de um traumatismo ou por envelhecimento), a sua parte interna pode protrair ou rasgar e sair através do anel fibroso (hérnia discal). A parte interna do disco pode comprimir ou irritar a raiz nervosa e pode mesmo lesioná-la.
Hérnia discal Quando se rompe um disco na coluna vertebral, a substância mole do seu interior escapa-se através de uma área débil da camada exterior, que é dura. A ruptura de um disco provoca dor e, por vezes, lesa os nervos.


Sintomas
A localização da hérnia discal determinará a zona em que a pessoa sentirá dor, perturbações sensitivas ou debilidade. A gravidade da compressão ou da lesão da raiz determina a intensidade da dor ou dos outros sintomas. Geralmente, as hérnias discais surgem na zona inferior das costas (coluna lombar) e costumam afetar somente uma perna. Tais hérnias podem causar dor lombar e também ao longo do nervo ciático, cujo trajeto vai da coluna às nádegas, às pernas e ao calcanhar (dor ciática). As hérnias discais na zona lombar costumam também provocar debilidade nas pernas e, por isso, a pessoa pode ter muita dificuldade em levantar a parte anterior do pé (tem o chamado pé pendente). Uma hérnia discal de grande dimensão localizada no centro da coluna costuma afetar os nervos que controlam a função intestinal e da bexiga urinária, alterando a capacidade de defecar ou de urinar. Estas perturbações podem revelar uma situação que requer uma assistência médica urgente.

A dor de uma hérnia discal costuma piorar com o movimento e pode exacerbar-se com a tosse, o riso, a micção ou o esforço de defecação. Pode aparecer entorpecimento e formigueiro nas pernas e nos pés, em particular nos dedos dos pés. Os sintomas podem iniciar-se de modo súbito, desaparecer de forma espontânea e reaparecer com intervalos, ou então podem ser constantes e de longa duração.
O pescoço (coluna cervical) é o segundo ponto de maior incidência das hérnias discais. Os sintomas costumam afetar apenas um braço. Quando se produz uma hérnia de um disco cervical, a pessoa costuma sentir dores que muitas vezes se localizam na omoplata e na axila ou na saliência do trapézio e no limite do ombro, irradiando pelo braço para um ou dois dedos. Os músculos do braço podem debilitar-se; com menos frequência, o movimento dos dedos é afetado.

Diagnóstico
Os sintomas ajudam o médico a estabelecer o diagnóstico. Durante o exame físico, o médico procura áreas doridas e de alterações da sensibilidade na coluna, e analisa a coordenação, o tônus muscular e os reflexos (por exemplo, o rotuliano). Utilizando um procedimento que consiste em fazer com que o doente levante a perna mantendo-a esticada sem flectir o joelho, o médico determinará em que posição piora a dor. Avaliará também o tônus muscular do recto introduzindo um dedo nele. A debilidade dos músculos à volta do ânus juntamente com a retenção ou a incontinência urinárias constituem sintomas particularmente graves que requerem um tratamento urgente.
As radiografias da coluna vertebral podem mostrar a redução do espaço do disco, mas a tomografia axial computadorizada (TAC) e a ressonância magnética (RM) são os exames que melhor identificam o problema. A mielografia pode resultar eficaz, mas é geralmente substituída pela RM.






Tratamento
A não ser que a perda da função nervosa seja progressiva e grave, a maioria das pessoas com uma hérnia discal na zona lombar recupera sem necessidade de cirurgia. A dor costuma diminuir quando a pessoa afetada se encontra relaxada na sua casa; em alguns casos raros, deve permanecer na cama durante alguns dias. Geralmente, devem evitar-se as atividades que exijam um esforço da coluna e que provoquem dor (por exemplo, levantar objetos pesados, agachar-se ou fazer esforços). A tração não tem efeitos benéficos para a maioria das pessoas. Para dormir é útil um colchão consistente sobre um suporte rígido.

A aspirina e outros inflamatórios não esteróides costumam acalmar a dor e os analgésicos opiáceos usam-se no caso de dor muito intensa. Algumas pessoas confiam nos relaxantes musculares, embora a sua eficácia não tenha sido demonstrada. As pessoas de idade avançada são especialmente propensas aos efeitos secundários dos relaxantes musculares.
Para reduzir a espasticidade muscular e para conseguir também a recuperação com maior rapidez, recomenda-se muitas vezes que se façam exercícios. inclusive a sua inversão arqueando as costas, pode aumentar o espaço para os nervos espinhais e aliviar a pressão do disco herniado. O fisioterapeuta pode também fazer uma demonstração dos exercícios e aconselhar um programa à medida das necessidades de cada pessoa.

Se os sintomas neurológicos se agudizarem, por exemplo, se a pessoa sofrer de debilidade e perda de sensibilidade ou dor grave e persistente, pode considerar-se a cirurgia. Geralmente, os casos de incontinência urinária e intestinal requerem uma intervenção cirúrgica imediata. O mais habitual é que seja extirpado o disco herniado. Isso faz-se cada vez mais através de uma pequena incisão, utilizando técnicas de microcirurgia. Dissolver a hérnia discal através de injeções locais de substâncias químicas parece ser menos eficaz do que os outros procedimentos e até pode ser perigoso.
Se a hérnia for na coluna cervical, podem ser úteis a tração e a utilização de um colar cervical. A tração é um procedimento que puxa a coluna vertebral e reduz a pressão. Geralmente, aplica-se no domicílio do doente. utilizando um mecanismo que estica para cima o pescoço e a mandíbula. Para assegurar o uso correto do equipamento correspondente, somente o médico ou o fisioterapeuta deverão prescrever a tração. A maioria dos sintomas controla-se com este procedimento simples. No entanto, a cirurgia pode estar indicada quando a dor e os sintomas apontam para que se trate de uma lesão nervosa grave e progressiva.

          

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